terça-feira, 30 de setembro de 2014

Orixás e suas polaridades!!!






Oxalá é a religiosidade do médium
OYá é a certeza religiosa, razão da fé – sentir.

Oxum é a prosperidade do médium
Oxumaré é a renovação, e conduz – novidade.


Oxóssi é sustentação do médium
Obá é a disciplina, verdade estável – conhecer.

Xangô é o equilíbrio do médium
Egunitá é a energia e consciência – equilibrar.

Ogum é a disciplina do médium
Iansã é a ação e movimento, vibração – vibrar.

Obaluaê é a transformação do médium
Nanã é a quietute e amparo – ajuizar.

Yemanjá é a geração do médium
Omulú é a estabilidade e ponderação – estruturar.

Axé!!

Você Sabia??? OGUM



Para entender melhor, sobre a força e Orixá OGUM, vamos deixar algumas explicações:

Ogum é aquele que sempre está de "guarda" para proteger os injustiçados, é o Orixá da guerra, grande protetor contra demandas, é a Lei e a Ordem. Cultuar Ogum é excencial para quem quer conseguir vencer suas batalhas com força e determinação, representa o caminho, a retidão, honestidade. Perante a Lei nunca existirá "mais ou menos", ou é ou não é. Por isso que se diz que os filhos de Ogum são: categórico, diretos: não hesitam em "comprar batalhas" para defender os injustiçados. 

As Características Dos Filhos De Ogum
Não é difícil reconhecer um filho de Ogum. Tem um comportamento extremamente coerente, arrebatado e passional, aonde as explosões, a obstinação e a teimosia logo avultam, assim como o prazer com os amigos e com o sexo oposto. São conquistadores, incapazes de fixar-se num mesmo lugar, gostando de temas e assuntos novos, conseqüentemente apaixonados por viagens, mudanças de endereço e de cidade. Um trabalho que exija rotina, tornará um filho de Ogum um desajustado e amargo. São apreciadores das novidades tecnológicas, são pessoas curiosas e resistentes, com grande capacidade de concentração no objetivo em pauta; a coragem é muito grande.
Os filhos de Ogum custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções. São amigos, porém estão sempre envolvidos com demandas.
São pessoas determinadas e com vigor e espírito de competição. Mostram-se líderes natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas são francos e, às vezes, rudes ao impor sua vontade e idéias. Arrependem-se quando vêem que erraram, assim, tornam-se abertos a novas idéias e opiniões, desde que sejam coerentes e precisas.
As pessoas de Ogum são práticas e inquietas, nunca "falam por trás" de alguém, não gostam de traição, dissimulação ou injustiça com os mais fracos.
Nenhum filho de Ogum nasce equilibrado. Seu temperamento, difícil e rebelde, o torna, desde a infância, quase um desajustado. Entretanto, como não depende de ninguém para vencer suas dificuldades, com o crescimento vai se libertando e acomodando-se às suas necessidades. Quando os filhos de Ogum conseguem equilibrar seu gênio impulsivo com sua garra, a vida lhe fica bem mais fácil. Contar até 10 antes de deixar explodir sua zanga, também lhe evitaria muitos remorsos. Seu maior defeito é o gênio impulsivo e sua maior qualidade é que sempre, seja pelo caminho que for, será sempre um Vencedor.
A sua impaciência é marcante. Tem decisões precipitadas. Inicia tudo sem se preocupar como vai terminar e nem quando. Está sempre em busca do considerado o impossível. Ama o desafio. Não recusa luta e quanto maior o obstáculo mais desperta a garra para ultrapassá-lo. Como os soldados que conquistavam cidades e depois a largavam para seguir em novas conquistas, os filhos de Ogum perseguem tenazmente um objetivo: quando o atinge, imediatamente o larga e parte em procura de outro. É insaciável em suas próprias conquistas. Não admite a injustiça e costuma proteger os mais fracos, assumindo integralmente a situação daquele que quer proteger. Sabe mandar sem nenhum constrangimento e ao mesmo tempo sabe ser mandado, desde que não seja desrespeitado. Adapta-se facilmente em qualquer lugar. Come para viver, não fazendo questão da qualidade ou paladar da comida.  É franco, muitas vezes até com assustadora agressividade. Não faz rodeio para dizer as coisas. Não admite a fraqueza e a falta de garra.
Têm um grave conceito de honra, sendo incapazes de perdoar as ofensas sérias de que são vítimas. São desgarrados materialmente de qualquer coisa, pessoas curiosas e resistentes, tendo grande capacidade de se concentrar num objetivo a ser conquistado, persistentes, extraordinária coragem, franqueza absoluta chegando à arrogância. Quando não estão presos a acessos de raiva, são grandes amigos e companheiros para todas as horas.
É pessoa de tipo esguio e procura sempre manter-se bem fisicamente. Adora o esporte e está sempre agitado e em movimento, tendem a ser musculosos e atléticos, principalmente na juventude, tendo grande energia nervosa que necessita ser descarregadas em qualquer atividade que não implique em desgastes físicos.
Sua vida amorosa tende a ser muito variada, sem grandes ligações perenes, mas sim superficiais e rápidas. Por Jorge Escritori.

Lendas de Ogum por Mãe Monica Caraccio

Hoje quero mostrar o que é Ogum na África chegando até nossa Umbanda. Acredito que quando co
nhecemos algo de forma ampla fica mais fácil o entendimento de suas ações e o amor fica mais verdadeiro e forte.
Ogum Beira Mar: atua sob a energia da areia do mar- Reino de Yemanjá e Omulu


Ogum, como personagem histórico africano, é apontado como o filho primogênito de “Odudua”, o fundador de Ifé (cidade da Nigéria, considerada a capital religiosa dos iorubás). Em todos os cantos da África negra Ogum é conhecido, fez-se respeitar pelo seu carácter devastador, pois soube conquistar cada espaço daquele continente com a sua bravura, caracterizado como o ORIXÁ CONQUISTADOR. Era um temível guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições ele trazia sempre rico espólio e numerosos escravos. Pode-se dizer que Ogum matou gente no entanto matou a fome de muita gente, por isso, antes de ser temido,Ogum é calorosamente amado.
Ogum é a força do Avanço, do Trabalho, aquele que está sempre na frente. Ogum foi quem ensinou o homem a forjar o ferro e o aço, representando a avanço, a tecnologia e as transformações que o trabalho propicia. Para Ogum a retidão, a verdade e a justiça são importantes, mas sua principal ocupação não é determinar o que é certo ou errado, e sim fazer prevalecer aquilo que julga certo, portando Ogum faz justiça com as próprias mãos, empreendendo e decidindo, jamais deixando para outros o que julga ser problema e domínio seu.
Ogum, sendo irmão de Exu, tem grande entrosamento com ele. Se Exu é dono das encruzilhadas, assumindo a responsabilidade do tráfego, de determinar o que pode  e o que não pode passar, Ogum é o dono dos caminhos em si, das ligações que se estabelecem entre os diferentes locais.
Oxossi sendo irmão de Ogum aprende com ele a arte da caça, de abrir caminhos pelas florestas e matas cerradas. Foi Ogum quem ensinou Oxossi a defender-se por si próprio e a cuidar da sua gente. Ogum fez de Oxossi o provedor.
Ogum não teve o direito de usar uma coroa (adé), feita com pequenas contas de vidro e ornada por franjas de miçangas dissimulando o rosto, emblema de realeza para os iorubas, a Ele foi autorizado  usar apenas um “simples” diadema, chamado de àkòró, o capacete.
No livro de Pierre Verger ‘Notas sobre o culto aos Orixás e Voduns’, há algumas transcrições de textos onde historiadores, religiosos e pesquisadores tentaram desvendar os mistérios da África e dos Orixás. Entre essas transcrições vejam a de Herskovits, um importante antropólogo americano, escrito na década de 1930: Gu* situa-se, no panteão do céu, imediatamente após seus pais Mawu e Lisa.  Gu, o deus do ferro, representa uma das principais forças do mundo para ajudar o homem.  É a divindade particular dos que trabalham com o ferro. Foi ele quem tornou a terra habitável para o homem. Não é um ser sensível, mas uma força. Representam-no com um corpo de pedra e uma cabeça de ferro. Gu não é o ferro em si, mas sua prosperidade de cortar. Era ao mesmo tempo uma vareta ou um instrumento, o Gubassa, que Mawu pôs nas mãos de seu filho Lisa com a finalidade de arrotear (arar) a terra e ensinar aos homens o uso do ferro. Sem metal o homem não poderia viver. Gu tem o nome de Alisugbogukle (caminho fechado e Gu abre).
*Gu é o nome dado a Ogum pelo povo fon, população do sul do Benin e sul do Togo, do Reino do Dahomey.
Texto de Mãe Monica Caraccio

Legiões de Ogum:
Ogum Sete Ondas: atua sob a energia das ondas- Reino de Yemanjá e Oxalá. Trabalha na ronda da Calunga Grande (mar e oceano).
Ogum Rompe-Matas: atua sob a energia das matas - Reino de Oxossi.
Ogum das Pedreiras: atua sob a energia das pedreiras - Reino de Xangô.
Ogum Megê: atua sob a energia da Calunga pequena (cemitério) na calçada que o cerca e diretamente com as almas - Reino de Obaluaê.
Ogum Naruê: atua sob a energia da Calunga pequena (cemitério) trabalhando basicamente no desmanche de magias negras, exercendo domínio sobre as almas quimbandeiras – Reino de Omulu.
Ogum Matinata: atua sob a energia dos campos abertos e colinas – Reino de Oxalá. Não há muitos médiuns que conseguem tê-lo como Orixá de trabalho, pois são bastante raros e difíceis de incorporar.
Ogum Iara: atua sob a energia dos rios, lagos e cachoeiras – Reino de Oxum.
Ogum Delê: traz consigo a vibração pura de Ogum e trabalha em todos os pontos de força. É a própria lei regendo reajustes cármicos

INFORMAÇÕES ADICIONAIS 

Sincretismo religioso: Santo Católico São Jorge, Santo Antônio na Bahia
Data de comemoração: 23 de Abril
Dia cultuado: Terça-feira
Saudação: Ogunhê meu Pai, Patakori Ogum
Significado: Muita honra em ter o mais importante dignitário do ser supremo em minha cabeça.
Cores: Vermelho ou Azul escuro - Dependendo da nação cultuado.
Instrumento: Idá, espada de ferro, Màrìwò, folhas do dendezeiro.
Pedra: Granada, Rubi 
Ervas principais: Peregum, Mariô, Lança de Ogum, Espada de Ogum
Oferendamos Ogum para: Abertura de caminhos, coragem, lei, ordem, determinação e proteção, etc.
Ponto de força: estradas e caminhos, estradas de ferro, o meio da encruzilhada
Ogum está ligado a Lei.
Elemento: Ar
Planeta: Marte

Saravá Ogum, que ele sempre guie nossos caminhos, com sua força e determinação.

Axé!!

sábado, 27 de setembro de 2014

IBEJIS & COSME E DAMIÃO


Uma das raízes da nossa amada Umbanda é a raiz africana, trazida pela presença e ensinamentos dos nossos Pretos Velhos. Na África, antes do período da escravidão, não existia a Umbanda nem o Candomblé, ambas as religiões nasceram em nossa pátria. 

Cada região africana cultuava um Orixá, exemplo: 

Oxum – Região de Ijesa e Ijebu;

Exu – Regiões de Ile Ife e Ketu;

Xangô – Região da cidade de Oyo;

Ogum – Regiões de Ekiti, 

Ire e Ondo;

Iemanjá – Região de Egba. 

O culto a vários Orixás em um mesmo ritual nasceu dentro das senzalas brasileiras. As lendas, ensinamentos e tradições, os Odus dos cultos africanos, eram transmitidos de forma oral ao Sacerdote que estava sendo preparado, pois a escrita não fazia parte da cultura daquele povo. Eles aprendiam algumas histórias primordiais que relatam fatos do passado que se repetem a cada dia na vida dos homens e mulheres. 

Para os Iorubás antigos, nada é novidade, tudo o que acontece já teria acontecido antes. Identificar no passado mítico o acontecimento que ocorre no presente, para eles, é a chave da decifração oracular. E hoje como é dia de São Cosme e São Damião, sincretizados na Umbanda com Ibeji os Orixás gêmeos, compartilho com vocês uma dessas antigas lendas. 

Os Ibejis enganam a Morte Os Ibejis, os Orixás gêmeos, viviam para se divertir. Não é por acaso que eram filhos de Oxum e Xangô.Viviam tocando uns pequenos tambores mágicos, que ganharam de presente de sua mãe adotiva, Iemanjá.Nessa mesma época, a Morte colocou armadilhas em todos os caminhos e começou a comer todos os humanos que caíam nas suas arapucas.

Homens, mulheres, velhos ou crianças, ninguém escapava da voracidade de Icu, a Morte. Icu pegava todos antes de seu tempo de morrer haver chegado. O terror se alastrou entre os humanos.Sacerdotes, bruxos, adivinhos, curandeiros, todos se juntaram para pôr um fim à obsessão de Icu, mas todos foram vencidos. Os humanos continuavam morrendo antes do tempo. Os Ibejis então, armaram um plano para deter Icu. Um deles foi pela trilha perigosa onde Icu armara sua mortal armadilha. O outro seguia o irmão escondido, acompanhando-o à distância por dentro do mato.

O Ibeji que ia pela trilha ia tocando seu pequeno tambor. Tocava com tanto gosto e maestria que a Morte ficou maravilhada, não quis que ele morresse e o avisou da armadilha. Icu se pôs a dançar inebriadamente, enfeitiçada pelo som do tambor do menino. Quando o irmão se cansou de tanto tocar, o outro que estava escondido no mato, trocou de lugar com o irmão, sem que Icu nada percebesse.E assim um irmão substituía o outro e a música jamais cessava. 

E Icu dançava sem fazer sequer uma pausa. Icu, ainda que estivesse muito cansada, não conseguia parar de dançar.E o tambor continuava soando seu ritmo irresistível.Icu já estava esgotada e pediu ao menino que parasse a música por instantes, para que ela pudesse descansar. Icu implorava, queria descansar um pouco, Icu já não agüentava mais dançar seu tétrico bailado. Os Ibejis então lhe propuseram um pacto. A música pararia, mas a Morte teria que jurar que retiraria todas as armadilhas. Icu não tinha escolha, rendeu-se. 

E os gêmeos venceram. Foi assim que os Ibejis salvaram os homens e ganharam fama de muito poderosos, porque nenhum outro Orixá conseguiu ganhar aquela peleja com a Morte. Os Ibejis são poderosos, mas o que eles gostam mesmo é de brincar. Salve Ibeji! 

Salve as Crianças! 

Salve São Cosme, São Damião e Doum! 

Axé!


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Curiosidades e dúvidas sobre São Cosme e Damião

Os irmãos Cosme e Damião nasceram por volta do ano 260 d.C. na Arábia e viveram na Ásia Menor, Oriente. Eram meninos muito inteligentes e desde cedo demonstraram grande talento para a medicina. Formaram-se médicos na Síria e, inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Assim sendo, curavam muitas pessoas que pareciam estar à beira da morte e seus tratamentos eram percebidos como verdadeiros milagres. Cristãos e generosos, não cobravam pelo trabalho que exerciam. Trabalhavam por amor na arte médica e na pregação do cristianismo.
A bondade e a cristandade de Cosme e Damião chamaram a atenção do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. Ele deu ordem de prisão para os dois médicos cristãos, acusando-os de feitiçaria. Quando questionados acerca de suas atividades, eles responderam: “Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo”.Os irmãos foram então torturados e decapitados por se negarem a aceitar os deuses pagãos.
Os santos Cosme e Damião são hoje venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e das faculdades de medicina.

Qual o significado da distribuição de doces no dia de São Cosme e Damião?

Catolicismo – Conta-se que os santos ofereciam doces para amenizar a tristeza das crianças e enfermos. Os dois são considerados protetores dos pequenos, e por isso em seu dia muitas pessoas repetem o mesmo gesto de carinho, que foi trazido pelos portugueses. A data é comemorada no dia 26 de setembro.
Umbandismo – Os umbandistas possuem entidades crianças chamadas de Erês, que pelo sincretismo religioso foram associadas aos santos católicos. Eles também fazem oferendas de doces, em busca de proteções. Comemoram no dia 27 de setembro, um dia depois da igreja católica.

Faz mal comer os doces de Cosme e Damião?

Independente da origem das guloseimas, o fato é que se trata de uma data doce, que deve servir para espalhar alegria, cada um com suas próprias convicções e dentro da mais absoluta harmonia. Delas, o único risco que se pode esperar é uma cárie ou umas calorias a mais no fim do dia.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Tolerância é marca de culto a São Cosme e Damião

Comemoração em igreja e em centro de umbanda começa nesta sexta-feira

O DIA
Rio - Dentro da paróquia ou do centro espírita, o Dia de São Cosme e São Damião é igualmente comemorado. O sincretismo religioso, marca da cultura brasileira, fica evidente nas comemorações. A festa das crianças organizada pelo Templo de Umbanda A Caminho da Paz chega à 13ª edição neste sábado, a partir das 14h, na Rua Manoel Alves, nº 150, no Cachambi.
Mais de duas mil pessoas são esperadas. Além da distribuição de doces, brinquedos, lanches e bolos, o evento conta também com atividades de música, circo, dança, oficina, entre outras. Tudo de graça. “É trabalhoso, mas recompensador. O instituto cresceu e a festa também. Este ano, começamos os preparativos no início de agosto. Tudo é feito a partir de doações dos frequentadores da casa”, contou o presidente do templo, Armando Fernandes. 

A umbandista Eliete Alves, na Igreja de São Cosme e Damião. “Acho bonita a história de vida deles”
Foto:  Uanderson Fernandes / Agência O Dia

Na paróquia de São Cosme e São Damião, no Andaraí, acontecem hoje e amanhã missas de hora em hora, de 6h às 20h. A procissão pelas ruas do bairro começa amanhã, às 16h, quando também serão montadas barraquinhas na igreja. 
O pároco responsável, padre Lincoln Gonçalves, destacou a maior liberdade que as religiões de matriz africana têm hoje para assumir suas entidades. “Já existe uma tranquilidade em se referir ao Ibeji, aos Erês, ligados a São Cosme e Damião na tradição do sincretismo”, disse Lincoln. “Apesar de cultuarem divindades distintas, fiéis de todas as religiões convivem em paz na nossa paróquia”, comentou o padre.

Dia de união

“É um dia de união de culturas e crenças, bonito de se ver porque imperam o respeito e a harmonia. Ao menos nesse dia, não se veem sinais de intolerância religiosa”, destacou o presidente da casa de umbanda. 
Em sua primeira visita à paróquia do Cachambi, a dona de casa Eliete Alves, de 62 anos, adepta da umbanda, observava com atenção a sala de milagres. “Quando se tem fé, as graças chegam. Acho bonita a história de vida deles”, comentou Eliete. Neste sábado, Dia de São Cosme e São da Damião, os motoristas devem ficar mais atentos nas ruas, já que muitas crianças correm sem prestar atenção no trânsito em busca de doces e brinquedos.


Fonte: http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2014-09-25/tolerancia-e-marca-de-culto-a-sao-cosme-e-damiao.html

Deuses de Dois Mundos - A trilogia épica dos orixás - Trailer

Na África ancestral, Orunmilá, o maior adivinho de todos os tempos, não entende por que seus instrumentos se calaram. Nos dias atuais, um jovem jornalista se aventura pelas ruas de São Paulo, tentando fugir de uma missão que não deveria ser sua. Em Deuses de dois mundos, o autor PJ Pereira dá vida a personagens como Ogum, Xangô, Oxóssi e Oxum, que se unem a gente do nosso tempo para resgatar os 16 príncipes do destino, numa narrativa épica que preserva toda a sensualidade e violência original dos mitos africanos dos orixás.


**Esse book trailer foi produzido pela Laundry Design, de Los Angeles, com trilha sonora de Otto e Pupillo (Nação Zumbi), participação especial de Andreas Kisser (Sepultura) e narração de Gilberto Gil.

"Na mitologia dos iorubás, um dos povos africanos dos quais traficantes roubaram homens, mulheres e crianças para trazer para o Brasil como escravos, deuses e humanos um dia viveram juntos. Até que dois desses deuses brigaram e criaram a separação entre o orum (que chamamos de céu) e o aiê (terra). Ao construir Deuses de Dois Mundos: O Livro do Silêncio, PJ Pereira põe a mitologia de cabeça para baixo, juntando de novo humanos e deuses num mesmo cotidiano, fundindo mito e ficção, recriando um universo em que os ciclos da repetição são rompidos e substituídos pelo produto da imaginação do autor, que, no entanto, os faz voltar em seguida ao movimento original. Em termos mitológicos esse jogo poderia resultar numa catástrofe como a que dividiu o mundo em dois, mas para nossa sorte o que a inversão operada por PJ Pereira pretende e consegue é produzir um livro delicioso de se ler, um 'livro do silêncio', que é capaz, contraditoriamente, de nos falar bem alto, como gosta a boa mitologia." - Reginaldo Prandi, Professor da USP e Autor de Mitologia dos Orixás.


Em breve lançamento!!

Axé!!

Orixás transformam-se em super-heróis no primeiro filme africano do gênero

“Oya – Rise Of the Superorisha” (Oya – A ascensão do superorixá, em tradução livre) será o primeiro filme de super-herói africano e contará a história de Oya, a única deusa orixá que ainda possui vínculos com os humanos mesmo quando a maioria da humanidade já abandonou o culto aos orixás.
Baseado na crença Santeria (que possui muitos aspectos da religião católica e do candomblé), o filme nigeriano foi escrito e está sendo dirigido por Nosa Igbinedion. No filme, a missão de Oya é encontrar uma garota capaz de abrir o portão entre os humanos e os orixás para que o mundo não caia em desgraça mas uma série de inimigos, que usam a religião de forma deturpada, tentam interromper os planos de Oya.
“’Oya – Rise Of the Superorisha’ é mais do que um filme é um movimento! Nosso objetivo é empurrar os limites dos filmes africanos e contar novas histórias. Que melhor maneira de fazer isso do que fazendo um filme de super-herói africano!”, afirma o anúncio no site oficial.
O filme só teve suas produções iniciadas devido uma “vaquinha virtual” feita a partir de divulgação na página do Facebook e do Twitter e ainda não possui data oficial para exibição.





E que venha mais esta novidade!!!

Axé!!


O Que é Umbanda – Documentário



Documentário sobre o que é a religião de Umbanda. Um vídeo onde o iniciante na religião pode conhecer um pouco mais sobre a Umbanda. Seus orixás, fundamentos, dogmas, tudo que você precisa saber sobre essa religião linda. Um documentário simples, para tirar as dúvidas de quem está iniciando na religião.

As religiões afro conquistam a classe média

Os cultos de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, atraem cada vez mais a população escolarizada do País

Em uma noite fria na cidade de São Paulo, um grupo composto por advogados, engenheiros, médicos e empresários se reúne em um salão amplo e bem iluminado no segundo andar de um prédio, na zona leste da capital. Vestidos de branco e carregando flores e velas, cada um deles está ali por motivos distintos, mas com um objetivo em comum: louvar os orixás – divindades africanas – e oferecer seus corpos como “casa” temporária para espíritos de caboclos e outras entidades. Esse ritual, ou “gira” na linguagem da umbanda, acontece quinzenalmente ao som de tambores e cânticos e sob a orientação do médium Rubens Saraceni, sacerdote umbandista. Além das profissões de prestígio dos frequentadores, outro detalhe chama a atenção: entre os mais de 200 médiuns, de ambos os sexos, presentes naquela noite, apenas três eram negros. A superioridade branca desse terreiro é um sintoma da nova composição de fiéis das religiões afro-brasileiras. Antes frequentados majoritariamente por pessoas de origem humilde, baixa escolaridade e negros – grupo ligado à origem desses ritos –, os cultos de matriz africana, como a umbanda, o candomblé e a religião dos orixás (leia quadro com as características de cada religião na pág. 53), conquistam cada vez mais a classe média branca e escolarizada do País. Segundo os últimos dados do IBGE, 47% dos adeptos das religiões afro no Brasil são brancos e 13% do total de fiéis tem nível superior completo – índice acima da média nacional, de 11%.
mi 2828484321427683 As religiões afro conquistam a classe média
A advogada Flora de Almeida, 29 anos, é o retrato desse crescente tipo de devoto. Criada por pais católicos não praticantes, ela sempre sentiu falta de professar uma religião. “Mas não me sentia à vontade em instituições cheias de dogmas e regras nas quais não acredito”, diz Flora. Em 2012, enquanto enfrentava o término de um relacionamento amoroso, ela decidiu buscar apoio na umbanda, fez um curso e começou a trabalhar em um terreiro. Meses depois, no entanto, conheceu o candomblé e se apaixonou. Hoje ela é “filha” do sacerdote Armando de Ogum e ainda está assimilando os conceitos de sua nova fé. “É como se eu voltasse a ser criança. Tenho que aprender tudo do zero, e é um aprendizado muito bonito. Fui acolhida dentro de uma família”, diz.
As religiões de matriz africana chegaram ao Brasil entre os séculos XVI e XIX, trazidas pelos escravos, alguns deles sacerdotes, que eram traficados para cá. Como, naquela época, a única religião aceita no País era o catolicismo, os devotos dos orixás tiveram que se comportar como cristãos, frequentando ritos e cultuando santos católicos. Dessa mistura entre tradição africana e influência europeia nasceu o candomblé – que une a devoção aos orixás com conceitos da religião católica –e posteriormente a umbanda, misto de culto aos orixás, com preceitos kardecistas e crenças indígenas. “As religiões afro-brasileiras nasceram marginalizadas e, ao longo do tempo, foram estabelecendo laços com pessoas influentes, que ajudavam a diminuir o preconceito na sociedade em geral”, diz Reginaldo Prandi, professor-sênior do departamento de sociologia da Universidade de São Paulo (USP) e autor do livro “Mitologia dos Orixás”. “As pessoas de classe média e alta já vêm se integrando aos cultos afro há muito tempo, mas são discretas devido às suas posições sociais”, conta o sacerdote Rubens Saraceni. “Mas essa integração, principalmente à umbanda, cresce cada vez mais.”
mi 2828499482121569 As religiões afro conquistam a classe média
Na esteira do aumento do grau de instrução dos fiéis das religiões afro surgiram escolas e cursos de umbanda e candomblé, que ensinam os conceitos teológicos por trás das atividades praticadas nos centros religiosos. Já existe até uma faculdade de teologia umbandista reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), a Faculdade de Teologia Umbandista (FTU). Outro setor que prospera com a inserção dos mais abastados nos cultos de matriz africana é o do comércio de artigos afro. Só a loja Mãe África, considerada a maior do País, oferece mais de dois mil itens em 340 m2 de área – o mais caro deles, uma peça em bronze que reproduz uma rainha iorubá (grupo étnico africano), custa R$ 15 mil. “A ideia de que as religiões afro são coisa de gente pouco instruída ou pobre está totalmente errada”, diz Prandi. “Hoje, a camada mais pobre do Brasil, a base da pirâmide, é, em sua maioria, evangélica.”
mi 2828518198764671 As religiões afro conquistam a classe média
Nascida em uma família de classe média católica e com ascendência oriental, a empresária Juliana Ogawa, 37 anos, presenciou de perto a mudança no perfil dos fiéis afro. Aos 13 anos, levada por um tio, ela procurou a umbanda pela primeira vez, atrás de uma cura ou explicação para as dores de cabeça que sentia constantemente, e que não foram diagnosticadas. Durante os sete anos seguintes, ela se dedicou à religião, descobriu-se médium, mas abandonou os rituais, procurou outras formas de exercer sua espiritualidade e só voltou para a umbanda em 2009. “Antes, era raríssimo encontrar alguém com ensino superior. Hoje, todas as pessoas da casa que frequento têm terceiro grau completo”, conta Juliana. Assumir sua opção religiosa, no entanto, não é mais fácil atualmente do que há duas décadas. “O preconceito ainda existe e parece até pior do que antes, por conta do avanço dos evangélicos neopentecostais, que são contra os cultos afro”, diz ela. “Os neopentecostais tratam as religiões de matriz africana como inimigas e esse intenso combate contribui para a evasão dos mais humildes”, acrescenta Prandi.
mi 2828528042476120 As religiões afro conquistam a classe média
Os novos fiéis de classe média, por sua vez, fazem questão de não esconder sua religiosidade. Caso do médico Rogério Pascale, 38 anos, seguidor da religião dos orixás há sete anos. Toda vez que cumprimenta o Babá King, sacerdote do Templo Oduduwa, em Mongaguá (SP), o clínico geral se ajoelha e encosta a testa no chão, em sinal de reverência, mesmo que esteja dentro do hospital em que trabalha. “Nessa religião não há julgamento e respeitamos as pessoas pelo que elas são”, diz Pascale. “Aqui não importa quem ganha mais ou menos. Somos todos iguais.”
mi 2828537177311063 As religiões afro conquistam a classe média
Fotos: João Castellano/Ag. Istoé; FELIPE GABRIEL
Fonte:http://www.istoe.com.br/reportagens/374654_AS+RELIGIOES+AFRO+CONQUISTAM+A+CLASSE+MEDIA?pathImagens&path&actualArea=internalPage

Festa de Cosme e Damião - 20/09/2014

No Ritual praticado na Casa Estrela Guia, temos a Linha das Crianças, como a de maior evolução entre os guias, partindo do principio, o que uma criança faz nenhuma outra entidade desfaz e as crianças podem desfazer o que qualquer outro faz. E tb pelo sentindo de alegria do amor que esta linha representa. Durante esses 1 ano e 9 meses de trabalhos ativos da Casa Estrela Guia, as maiores provas que tivemos foram com a Linha das Crianças. E não tem como notar a transformação que eles provacam dentro de todos. Inicialmente pensavamos, que o trabalho mais importante do ano era a Festa de Iemanjá, pois era o trabalho  aonde descarregamos todo acumulo de energias do ano e encerrramos o ciclo daquele ano, mas com o tempo, fomos entendendo que o trabalho mais importante é a FESTA DE COSME E DAMIÃO. Este trabalho começa, a envolver e mexer com o sentimento das pessoas na sua preparação e organização, desde a compra dos doces, a montagem dos saquinhos a organização do trabalho, o proprio trabalho e a distribuição dos doces. Nesta festa muitos de nossos familiares e amigos, que não tem uma presença frequente no terreiro, se envolvem e ajudam e acabam envolvidos, pela energia e alegria contagiante, caracteristica da Linha de Ibeji e isso promove algumas mudanças de beneficas para essas pessoas. Temo a entrega dos doces arrecados, que realizamos uma semana após a Festa, aonde distribuimos para crianças carentes, aonde muitas vezes os Pais dessas crianças, não conseguem trazer para suas casas, o minimo necessáro para sobrevivencia, quanto menos comprar uma bala e qual criança não gosta de um doce? Poder proporcionar isso para essas crianças e sentir a alegria e emoção nesta troca de energia, não tem preço, nos renova, e nos faz repensar em nossos problemas e questões pessoais, mais uma vez essa grandiose linha atuando dentro de nós. Compartilho com vcs o aprendizado deste ano trazido pela Erê Rosinha: Foi determinado que o tema da Festa seria de Borboletas, a principio achamos bonito e seria mais uma b”rincadeira”de criança, e assim foi feito, todo nosso terreiro foi enfeitado e colorido com as borboletas. Em determinado momento, a Rosinha explicou aos participantes, que o intuito das borboletas era para mostrar que todos estamos passando por transformações… E nós deixou a seguinte mensagem: A borboleta nasce dentro do casulo, e lá ela passa por toda a sua preparação, para poder criar asas bonitas e conseguir ser livre e voar. Se vc tirar a borboleta do casulo antes do tempo ela morre. Isso mostra que nosso aprendizado e evolução devem ser constantes, mas cada um passará por suas transformações, aonde devemos entender que todos estamos em processo de amadurecimento e aprendizado, e não devemos querer que os outros pensem como nós pensamos, porque o processo de transformação é unico e ele é somente seu, a sua asa não sera igual a do outro, esses processos podemos chamar de reforma intima,  aquele que não aceita e não se transforma acaba demorando um bom tempo a mais para criar as suas asas e voar. 










Realizada no Santuario da Umbanda.

Axé meus amigos e irmãos!!! 
Viva São Cosme e Damião!!!! 

Salve a Linha das Crianças, aonde por eles o nosso amor e devoção será eterno.


Mãe Priscilla 
Pai Alexandre